sábado, 12 de fevereiro de 2011

NASCIDO PARA CORRER

Livro-reportagem conta os segredos de tribo isolada de supercorredores em narrativa eletrizante.

Editora Globo traz para o leitor brasileiro a aventura do repórter Christopher McDougall, entre os índicos Tarahumara, que se tornou um grande sucesso nos Estados Unidos.

Tudo começou com uma simples pergunta: "Por que os meus pés doem"...Para responder, no entanto, o jornalista Christopher McDougall teve que passar pela maior aventura de sua vida, entre personagens inacreditáveis num dos lugares mais remotos e perigosos do mundo. McDougall, um fã de corridas ao ar livre sofia com constantes problemas ao se exercitar. Quando procurou um grande especialista em lesões esportivas, ouviu o diagnóstico definitivo: "O corpo humano não foi projetado para esse tipo de exagero". A partir dessa sentença, que parecia um tanto contraditória com a maioria das recomendações de saúde, o autor passou a procurar na ciência as respostas para a sua pergunta. No entanto, se quisesse uma solução verdadeira não poderia percorrer apenas laboratórios, mas teria que se embrenhar entre os desfiladeiros mais isolados do México, onde vivem os índios Tarahumara, os maiores corredores de todos os tempos. E é neste ponto que a vida do jornalista se transforma para sempre.

Nascido para correr narra a experiência de descobrir uma nova vida. é um grande sucesso nos Estados Unidos desde o seu lançamento, que agora o leitor brasileiro pode conhecer pela Editora Globo. O livro conta a história desconhecida de um povo que habita a região de encostas e cânios inacessíveis na fronteira mexicana com os Estados-Unidos. Eles são os melhores corredores do mundo, superando em muitas vezes a resistência de maratonistas experientes. Com a maior naturalidade, correm distâncias enormes, em condições inacreditáveis para qualquer atleta de elite. O problema é que - apesar de viver em perfeita harmonia entre seus membros - não gostam da visita de estranhos que quebrem seus ritmos de vida. Para conseguir o contato e a confiança dos Tarahumara, McDougall precisou passar por narcotraficantes perigosos e personagens que lembram fantasmas mitológicos do velho oeste. É o caso do misterioso Caballo Branco, o único que tem acesso aos índios ao mesmo tempo em que faz aparições nos vilarejos próximos.

Escrito numa linguagem ágil e vibrante, característica do melhor estilo jornalístico dos grandes repórteres de ação, Nascido para correr tem o vigor da grande aventura aliada a um questionamento profundo. Os índios não parecem ser apenas imunes à dor e ao cansaço ao correr o equivalente a quatro vezes uma maratona nos piores terrenos e condições. Eles ainda compartilham de uma sociedade baseada na confiança mútua e nas trocas alegres com uma espécie de cerveja local, num clima de estrema serenidade. Os maiores atletas são também os mais pacíficos e gentis, e aqueles que nunca se machucam na atividade...Dos laboratórios de Harvard às montanhas mais remotas, até onde pode levar uma corrida...

Sobre o autor:

Christopher McDougall é jornalista formado em Harvard nos EUA. Trabalhou como correspondente de guerra na Associated Press e é editor contribuinte da revista Men´s Health. Foi três vezes finalista do prêmio National Magazine Award. Ele corre diariamente, na maioria das vezes descalço, em fazendas perto de sua casa, na região rural do estado da Pensilvânia.

Ficha-Técnica:

Título: Nascido para Correr

Autor: Christopher Mcdougall

Gênero: Corridas

Editora: Globo

Formato: 14 x 20,5

Número de Páginas: 383

Preço: R$ 49,90

OS 10 MANDAMENTOS PARA UMA BOA NOITE DE SONO

1. Horário regular para dormir e despertar.

2. Ir para a cama somente na hora dormir.

3. Ambiente saudável.

4. Não fazer uso de álcool próximo ao horário de dormir

5. Não fazer uso de medicamentos para dormir sem orientação médica.

6. Não exagerar em café, chá e refrigerante.

7. Atividade física em horários adequados e nunca próximo à hora de dormir.

8. Jantar moderadamente em horário regular e adequado.

9. Não levar problemas para a cama.

10. Atividades repousantes e relaxantes após o jantar.

DOR NAS PERNAS APÓS AS PROVAS

Descubra o que causa esse incômodo, comum em corredores, e saiba como preveni-lo e tratá-lo sem prejudicar seus treinamentos
Por Fernanda Silva

Finalmente chegou aquela data em que você esperava ansiosamente: o dia da prova. E depois de ter ocorrido tudo do jeito que imaginava, aparece aquele incômodo nas pernas, as dores pós-prova. Por diversos motivos, os corredores podem sentir um forte desgaste nos membros inferiores depois de correrem. Elas podem significar falta de preparo físico, de costume, excesso de treino ou até falta dele. Esse cansaço também pode aparecer quando o atleta quer melhorar sua performance e aumenta sua carga de treinos.

"As dores mais comuns são as musculares. Entre elas estão as dores causadas pelas cãibras, fadiga muscular e as dores musculares tardias, que podem surgir entre 24 e 48 horas pós-atividade física", explica o fisioterapeuta Dr. Evaldo D. Bosio Filho. As dores tardias podem aparecer por causa de micro-lesões nas fibras musculares, que causam pequenos sangramentos no tecido. "As micro-lesões normalmente aparecem por causa de movimentos bruscos e repetitivos de contração muscular", completa o fisioterapeuta.

Como evitá-las

Quando se sente confiante no ritmo, o corredor pode extrapolar um pouco seus limites e correr o risco de que surja essa sensação de dores nas pernas. Para que isso não se torne um problema sério, existem alguns cuidados preventivos. "É necessário um fortalecimento muscular constante, no qual as fases de evolução das séries se encaixem a evolução da programação de corridas do atleta", explica o treinador Zeca, que completa, "O respeito ao organismo durante os treinos e uma evolução que leve em conta a genética do atleta fará com que ele controle bem sua intensidade durante a prova, chegando ao final de uma forma mais agradável", finaliza.

Um bom acompanhamento nutricional também colabora para a recuperação muscular. Além de uma boa hidratação antes, durante e depois da prova, que ajuda a repor os sais perdidos durante a transpiração. Clique aqui e veja alguns alimentos que ajudam na recuperação muscular. "Outra forma de prevenção é através de um programa de reequilíbrio muscular, que contará com exercícios e orientação para alongamentos e reforço da musculatura", indica o Bosio, que completa, "Seguir sempre as orientações do seu treinador, evitar o aumento de volume e intensidade de treinos sem orientação também podem favorecer para evitar a fadiga muscular", afirma. E não se esqueça: o aquecimento é imprescindível tanto antes quanto depois dos treinos e provas.

Tratamento

Se mesmo depois de utilizar as dicas de prevenção e recuperação em relação às dores elas insistirem em incomodar, é necessária uma avaliação mais profunda. Após um diagnóstico médico, o tratamento mais indicado pode ser divido em algumas etapas. Primeiro, o uso da fisioterapia convencional, para controlar a dor e liberar os músculos, e a crioterapia (tratamento com gelo). A segunda fase é preventiva, com o uso de recursos profiláticos (meios que evitam doenças e sua propagação), trabalhos de alongamento e fortalecimento muscular. Já na última etapa, é trabalhada a recuperação pós-treinos e provas.

"A fisioterapia dispõe de recursos e estratégias para recuperação muscular através de crio-imersão ou banho de imersão (onde as pernas do atleta ficam imersas em água e gelo, com temperatura de zero a sete graus, por um período de até 15 minutos) para minimizar o sangramento das micro-lesões", explica o fisioterapeuta, que completa, "Utilizar recursos de eletroestimulação para relaxamento muscular e técnicas de massagem esportiva também ajudam prover um alivio nas dores e tensões musculares nas pernas", finaliza.

Cuidado

De qualquer maneira, o atleta deve estar ciente de que manter o treino com as dores pode transformar um cansaço em uma séria lesão. "Além de perder performance, o corredor poderá agravar mais ainda seu quadro e causar uma lesão mais significativa, como um estiramento (ruptura) muscular ou uma micro-lesão, sendo necessário um período maior de afastamento da corrida para total recuperação", alerta o fisioterapeuta.

Para poder treinar, mesmo sabendo que as dores nas pernas podem voltar, é necessário fazer um treinamento leve até sentir melhor ou estar liberado pelo seu treinador para evoluir. "A diminuição de volume e intensidade nas primeiras sessões de treinamento são necessárias para a recuperação, então é preciso seguir a evolução à medida que o corpo vai se recuperando", finaliza Zeca.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

TREINAR PARA COMER OU COMER PARA TREINAR?

A resposta a essa questão está muito relacionada ao objetivo e às expectativas que o atleta tem no esporte.


Se o atleta usa o esporte apenas como um estilo de vida e não tem grandes ambições além de se manter ativo e saudável, provavelmente a resposta será treinar para comer! Pois esse tipo de atleta não abre mão dos chamados “prazeres da vida” e sabe que, mesmo não se preocupando tanto com sua alimentação, a carga de treinamento exigida para se completar uma prova de triathlon, mesmo que seja uma prova curta, conseguirá se manter em forma e controlar suas taxas sanguíneas como triglicerídeos, colesterol entre tantos outros males causados pelo sedentarismo.

Agora, se o atleta tem como objetivo a melhora de suas marcas pessoais, pódio na categoria ou classificação para os mundiais, aí ele não terá escolha: precisará responder comer para treinar! Isso porque a nutrição tem fundamental relevância no rendimento do atleta, visto que é a principal fonte de energia para a realização das atividades esportivas e também para a recuperação pós-exercício. Para esses atletas, a alimentação faz parte do treinamento, pois é preciso ingerir alimentos saudáveis e que contenham os nutrientes necessários e certos para cada hora do dia. Para escolher melhor os alimentos, precisamos conhecer um pouco sobre seus índices glicêmicos (velocidade de absorção dos carboidratos) que podem ser altos (rápida absorção – pão, massas, batata, banana…), médios (absorção moderada – maçã, damasco…) ou baixos (absorção lenta – pão e massas integrais, inhame, abacaxi…). Além de suas propriedades, que podem ser antiinflamatórias (leite de soja e farinha de linhaça…), energéticas (café, chá verde…), regenerativa (whey protein, albumina…) e ainda anti-oxidantes (frutas cítricas, hortaliças e alguns legumes). A combinação correta entre esses alimentos, seus índices glicêmicos e suas propriedades é a chave para maximizar os efeitos do treinamento e atingir uma performance superior.

Imagine abastecer seu carro com aquela “gasolina batizada”? Com certeza, o rendimento do motor não seria o mesmo, não é? O corpo humano funciona da mesma maneira: com alimentos de baixa qualidade, altos níveis de gorduras e açúcares e carência de nutrientes, vitaminas e sais minerais, seu desempenho dificilmente será potencializado e mesmo com muito empenho nos treinos, a recuperação estará sempre prejudicada devido a esses maus hábitos alimentares.

Portanto, se você quer o melhor rendimento possível para o seu “motor”, não utilize combustível adulterado!

Rodrigo Tosta, Coach – Rio de Janeiro, Brasil

LESÕES NO VERÃO

  A busca pelo corpo perfeito neste período do ano leva muitas pessoas a exageros na hora do exercício. Conheça os principais problemas causados por este excesso e como prevenir-se.
*Por Evaldo D. Bosio Filho


  O verão chegou, e com ele a expectativa de muito sol, praia e a busca pelo corpo perfeito. Nessa época do ano as academias apresentam um aumento significativo nas inscrições de novos alunos, a maioria em busca de um corpo perfeito, livre do excesso de peso e gorduras indesejadas, em um curto espaço de tempo. E para isso vale tudo, inclusive passar horas e horas dentro de uma academia fazendo as mais diversas aulas e todos os tipos de exercícios possíveis.

  Porém, esse aumento descontrolado na prática esportiva, faz do verão a época com o maior índice de lesões esportivas. Lesões que acontecem pelo excesso de atividades e pela execução inadequada de exercícios ou ausência de supervisão durante os mesmos. Uma das consequências das lesões deste tipo de prática é o afastamento de suas atividades cotidianas.

  Entre as regiões do corpo mais acometidas em virtude de lesões em academias podemos destacar: coluna lombar, joelhos e músculos do peitoral e bíceps braquial. Dentre as lesões mais comuns, a dor lombar (lombalgia) é a principal delas. Geralmente acontecem por exercícios exagerados que visam queimar a gordura localizada e a hipertrofia do músculo abdominal e para isso o aluno exagera nos exercícios abdominais o que indiretamente acabam também gerando tensão das musculatura paravertebral e acarretando uma instabilidade da coluna lombar.

  Também podemos destacar as lesões em joelho, presente em mulheres que também exageram nos exercícios de jump e aulas de bike. É comum as mulheres apresentarem dores na região anterior do joelho o que pode nos indicar o início de uma condromalácea (processo degenerativo da cartilagem da patela) ou uma tendinite (processo inflamatório pelo excesso de movimentos repetitivos do joelho). As mais graves, no entanto, são as lesões de menisco que em 90% dos casos resulta em cirurgia e em um período prolongado de reabilitação.

  Em homens são mais comum as lesões musculares em bíceps braquial e também nos músculos do peitoral em virtude da grande carga que alguns insistem em aplicar em exercícios para fortalecer essas duas regiões em busca de corpos mais definidos.

  Todo atividade física feita de forma regrada e bem supervisionada traz muitos benefícios para a saúde, porém, exercícios inadequados, com erros de posicionamento ou falta de supervisão podem trazer prejuízos para a saúde.

  Outro grande vilão nessa época do ano são os anabolizantes e as demais substâncias que ajudam a “secar” rapidamente o corpo, reduzindo o percentual de gordura e aumentando a massa muscular. Muito cuidado ao fazer uso desses produtos, pois muitos entram ilegalmente no país, com origem duvidosa, e podem transformar o sonho do corpo perfeito em pesadelo cheio de lesões e doenças, entre as quais o câncer.

  O corpo é dirigido por uma fisiologia humana, onde cada indivíduo tem sua particularidade, o que pode ser bom para uns pode ser maléfico para outros. Sendo assim, caso tenha alguma dúvida faça uma avaliação médica, uma avaliação fisioterapêutica e uma avaliação física, isso deixará você mais seguro para alcançar seus objetivos físicos de forma mais saudável. Respeite sempre as orientações do seu professor da academia e nunca faça exercícios sozinho ou por indicação de outra pessoa que não seja seu professor de academia, seu fisioterapeuta ou seu médico.

*Especialista em Fisioterapia Esportiva pela Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva.

Membro da Sociedade Brasileira de Reeducação Postural Global – SBRPG.

Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva – SONAFE.

Coordenador Científico da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva.

Coordenador de Fisioterapia Esportiva da Prime Sports - Prime Fisioterapia Especializada.

Fisioterapeuta com atuação em Fisioterapia Ortopédica, Fisioterapia Esportiva e Reeducação Postural Global - RPG.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

VANESSA FERNANDES ANUNCIA PAUSA NA CARREIRA

A ex-campeã mundial e fenômeno do Triathlon olímpico mundial, a portuguesa Vanessa Fernandes, anunciou que irá se afastar temporariamente do esporte por problemas de saúde. No currículo da atleta estão, além do título mundial de 2007, a medalha de prata em Pequim 2008, 20 Copas do Mundo, cinco campeonatos europeus e dois mundiais de Duathlon (2006 e 2007).
                                                      Foto: Triathlon.org -Delly Carr

Após as Olimpíadas de Pequim, Vanessa sofreu uma série de lesões, o que a deixou dois anos fora do circuito mundial. Em 2009, a atleta anunciou que pararia de treinar com o português Sérgio Santos (atual coordenador do projeto Rio maior 2016 da Confederação Brasileira de Triathlon), técnico com o qual conquistou todos os seus títulos. Desde então, a atleta só disputou uma competição internacional importante, terminando no 10º lugar em seu retorno na etapa de Madrid da Série Mundial da International Triathlon Union (ITU).

Vanessa afirma que não está abandonando o Triathlon, mas precisa ter um tempo para voltar com força total. A portuguesa, contudo, não esclareceu quais são os problemas de saúde mencionados.

UM ALERTA DO CORAÇÃO

Após sofrer um infarto correndo, James Fixx virou um símbolo da necessidade de cuidados e acompanhamento médico para a atividade
Por Nanna Pretto*

Ele não conquistou medalhas olímpicas; não é queniano ou etíope nem dono de recordes mundiais. O editor James Fixx pesava cem quilos e virou lenda ao mudar radicalmente de vida com a corrida, perder 30 quilos, relatar todo processo em um livro considerado best-seller nos Estados Unidos e, fatalmente, morrer vítima de um infarto, durante um trote matinal. O ataque fulminante foi provocado por uma arteriosclerose não cuidada.

Assim como Fidípedes, que em 490 a.C desempenhou perfeitamente seu papel na história, correndo de Maratona a Atenas para dar a notícia da vitória grega sobre 30 mil persas, e depois morreu, Fixx estimulou milhares de americanos a trocar o sedentarismo por uma vida saudável e, após a trágica morte, em 1984, médicos e corredores em todo mundo iniciaram uma revolução em prol da saúde e da prática da atividade física com acompanhamento médico. Preocupação que é absoluto consenso hoje.

Na época, muitos amadores desistiram de levar adiante a corrida, alarmados com o fato de um corredor, autor de um livro conceituado sobre o assunto, morrer correndo. Coube ao médico Kenneth Cooper, no mesmo ano da morte de Fixx, desmistificar o tema –e a morte de Fixx– com a publicação “Correndo Sem Medo”.

Fixx foi um dos muitos americanos que começaram a correr na década de 1960. Nasceu em Nova York e trabalhou como editor nas revistas Saturday Review, Life e Audience. Também foi colaborador da Playboy americana. Foi membro do clube Mensa International, para intelectuais com elevado nível de Q.I. e, por conta disso, desenvolveu três coleções de jogos para estimular as pessoas “super inteligentes”.

Fixx era ágil com a escrita e a inteligência, mas o corpo estava parado havia anos. Em 1967, ele estava gordo, fumava dois maços de cigarro por dia e tinha um estilo de vida muito pouco saudável.

“Tinha trinta e poucos anos e trabalhava em uma grande revista em Manhattan. Uma das minhas funções era receber escritores para almoços e jantares. Com Martini demais e exercícios de menos, meu peso foi aumentando, grama por grama de flacidez, dos 77 quilos da adolescência a 97 quilos bem robustos”, relatou Fixx no livro “O Guia Completo de Corrida”.

A tentativa de driblar a hereditariedade

Além do excesso de peso, Fixx carregava o histórico de infarto na família. O pai dele, Calvin, sofreu um ataque cardíaco aos 35 anos e morreu aos 42 após um novo ataque. Fixx estava determinado a evitar o mesmo destino. “Até ele morrer viveu como um inválido...ficava quieto, lia, escutava músicas e colocava as coisas em ordem. Nada mais do que isso”, relatou o editor. A imagem do pai como inválido representava uma vida apenas um pouco melhor que a morte.

Fixx observava que a proliferação de pós-cardíacos à procura de uma atividade física indicava o que muitos médicos já estavam convencidos: a prática regular de atividade física, associada a bons hábitos alimentares, reduz a morbidez e a morte por doenças isquêmicas. Por isso, em 1967, aos 35 anos, depois de um “dilaceramento na batata da perna direita”, na tentativa de rebater uma jogada em uma partida de tênis, Fixx decidiu abandonar o sedentarismo, os cigarros e o excesso de peso. Esperou a dor passar. “Não foi um ferimento sério”, disse. E começou a correr. Mas ele cometeu uma imprudência que seria fatal: não consultou um médico.

“Antes, eu só correra por ocasião do treinamento básico militar... e detestara. Ainda posso ouvir a voz de um sargento alto e dispéptico do Texas, correndo ao nosso lado e bufando ‘um, dois, três, quatro’. Correr no exército era tudo que eu conhecia, e por isso meti um par de botas pesadas, saí de casa e comecei a me arrastar pela calçada.”

Ao começar a correr, Fixx foi percebendo, apesar do sofrimento, que alguma coisa estava mudando na vida dele. “Embora as coxas doessem e os pulmões ardessem, eu continuei a correr”, relatou no livro. Convencido dos benefícios psicológicos da corrida, ele resumia: “Correr é viver. O resto é apenas esperar a morte.”

Para a mudança surtir efeito, o editor deixou Nova York rumo à comunidade suburbana de Connecticut, local no qual correr era muito mais agradável. Ele gostava da região, cercada de estradas rurais, córregos e rios, campinas e bosques. Um jovem vizinho que acabara de dar baixa do Corpo de Fuzileiros Navais estava em ótima forma física e isso agradava Fixx. “Se ele não exigia demais, geralmente conseguia acompanhá-lo.”

A primeira vitória

Quando soube que haveria uma prova de 8 km na cidade, Fixx saiu de casa e tentou correr a distância exata do percurso da competição. Ao fim, sentia-se como uma lesma, mas conseguiu completar os 8 km. Foi o suficiente para preencher a ficha de inscrição, colocá-la no correio e esperar ansiosamente pelo dia do evento. “Passei a treinar arduamente, correndo todos as manhãs, antes de sair para o trabalho.”

Enquanto aguardava o sinal de largada, Fixx olhava em volta, via cerca de 200 jovens corredores em plena forma física. Havia também alguns homens mais velhos, de 60 anos, além de mulheres e crianças. “Com um pouco de sorte, poderia não fazer uma figura tão feia”, pensou.

No decorrer da prova tudo chamava atenção do estreante. Ele não entendia como os corredores do pelotão já estavam virando a esquina, antes mesmo dele dar uma dúzia de passos. Sentiu a dificuldade aumentar quando se deparou com uma ladeira. E viu mulheres e crianças começando a ultrapassá-lo. “Não demorou muito para que eu fosse o último.”

Após concluir a primeira prova, Fixx começou a ler sobre o assunto, e aprendeu o que era treinar. No livro que escreveu, relata que, se a pessoa fizesse tudo direito, não apenas se tornaria mais veloz e mais saudável, mas também ficaria mais jovem, tanto no sentido psicológico como no fisiológico. A única coisa que Fixx esqueceu, antes de deixar toda essa euforia tomar conta da nova rotina de vida, foi de levar a sério o conselho que o doutor Cooper lhe dera: “é preciso fazer um check up clínico”.

Best-seller da corrida

Aos 45 anos, dez anos após o estiramento da batata da perna e o início da corrida, Fixx lançou o livro “O Guia Completo da Corrida” (“The Complete Book of Running”, na versão original). Tornou-se conhecido internacionalmente por popularizar a corrida e demonstrar os benefícios da prática regular para a saúde. Casa de ferreiro, espeto de pau: no livro, Fixx também ressaltava a importância do acompanhamento médico em qualquer atividade física realizada.

O Guia vendeu 500 mil cópias nos Estados Unidos e, em menos de nove meses, alcançou o primeiro lugar na classificação do jornal New York Times. Inspirou milhões de pessoas e, até hoje, é referência para técnicos e treinadores.

O último trote

Na época, fim da década de 1970, muitos autores de livros sobre medicina esportiva e saúde acreditavam que os problemas cardíacos eram resultado do agito da vida urbana e recomendavam a corrida como cura. Inclusive Fixx. De acordo com os escritores –muitas vezes médicos–, correr não é meramente um exercício físico, mas um estilo de vida. E mais: sugeriam que o corredor escutasse seu próprio corpo, em vez de palavras dos especialistas.

Seguindo essa filosofia médica, de que o corpo alertaria ao sinal de qualquer problema, Fixx seguiu com a corrida, conquistando, em 1969, o primeiro lugar na classificação por faixa etária em uma corrida de 10 km em Connecticut. Também completou seis maratonas de Boston.

Amigos o descrevem como alguém que usou o dom da inteligência que possuía para trocar a vida sedentária –e o colesterol de 250 mg/l de sangue– por uma vigorosa boa-forma, correndo 16 km por dia. Assim, em 20 de julho de 1984, Fixx acordou e, após comemorar a vitória sobre a irmã Kitty Fixx Bower, em um jogo de tênis no dia anterior, saiu para um trote matinal pela estrada 25, em Hardwick, Vermont. Naquela manhã, o coração do escritor e jornalista de 52 anos não resistiu ao infarto fulminante.

Depois da morte de Fixx, amigos e familiares disseram que ele se queixava de “dores no peito enquanto corria” e “pontadas no coração”. Ainda assim ele se recusava a fazer exames cardíacos, apesar dos pedidos da esposa Alice Cashman Fixx e dos inúmeros convites do médico Kenneth Cooper.

Aparentemente Fixx preferiu escutar o (absurdo) conselho de um amigo médico que lhe disse que exames médico anuais eram perda de tempo.

A autópsia revelou estrago em três partes do coração –evidência de quem sofreu moderados ataques do coração semanas antes da morte. Não uma, mas três principais artérias estavam bloqueadas em 95%, 85% e 50%. Isso, segundo médicos, revela que o infarto poderia ter sido controlado, caso Fixx fizesse exames de rotina para o controle dos danos que a vida sedentária e a hereditariedade causaram ao coração.

O filho John, diretor de uma escola em Connecticut, relatou, em entrevista ao jornal americano New York Times, como seria a visão do pai sobre as décadas após sua morte. “Meu pai ficaria orgulhoso de ver a evolução das mulheres corredoras de longas distâncias, os mais velhos redefinindo o significado da idade e como os Jogos Olímpicos ampliaram os limites humanos.”

Revolução em prol da saúde

Muitos americanos estavam tão impressionados com a incrível popularidade das corridas de rua, como pela morte repentina de Fixx. Nunca se falou tanto da importância dos exames médicos e dos check ups clínicos para os que querem ter e manter uma vida saudável por longos anos.

Naquele mesmo anos de 1984, para desmistificar o medo que muitos atletas ficaram de morrer correndo, Cooper escreveu o livro “Correndo Sem Medo”. Na obra, o médico, fez um estudo da morte de Fixx e orientou o leitor a fazer de forma prática e segura qualquer tipo de exercício em todas as idades. Cooper comentou também sobre os riscos que os atletas entusiastas correm ao ultrapassarem perigosamente os limites, de forma inadequada e sem qualquer acompanhamento médico.

Identidade:

James F. Fixx (Jim Fix)

Nascimento: 23 de abril, 1932

Morte: 18 de julho, 1984

Cidade natal: Nova York

Conquistas:

- concluiu no pelotão de amadores seis maratonas de Boston

- foi o primeiro lugar no campeonato de Connecticut, em 1969, na 30 a 39 anos

- correu o equivalente a uma volta à Terra pelo Equador

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS DURANTE PICO DE PERFORMANCE


 por Hugo Pradoneto

  O esporte é tudo e só é prejudicial se feito de maneira incorreta e sem acompanhamento profissional. Quem faz não larga, e quem tem objetivos altos, está sempre em busca do aperfeiçoamento e do PICO NA PERFORMANCE. O pico de performance (Peak Performances) significa aquele momento mágico aonde um atleta consegue executar sua performance física e psicológica sem nenhum erro, de uma maneira excepcional e natural. Essas performances geralmente resultam em recordes pessoais. Esse é o momento aonde atletas e técnicos trabalham tanto em busca da excelência. Atletas podem ser treinados para que eles alcancem esses picos de performance? Quais são as características principais de atletas que atingem esse momento mágico?

Particularmente com mais de 13 anos praticando esportes de resistência no nível profissional (triathlon, ciclismo e mountain bike) o principal é ficar tranquilo e deixar tudo fluir naturalmente. Por experiência própria acontece muitas vezes de nós atletas fazermos tudo certo para alcançarmos um pico em uma competição importante e porque as vezes gastamos uma temporada inteira para ir bem em uma só competição acaba que isso põe uma pressão muito grande e em vez de ajudar atrapalha na hora do vamos ver.

Nos últimos 20 anos, houve muitas pesquisas sobre os aspectos psicológicos que levam ao pico de performance. Ken Ravizza foi um dos primeiros psicólogos esportivos a publicar um estudo com as experiências subjetivas de atletas durante seus picos de performance. Mais de 80% dos atletas perceberam as seguintes características:

Nenhum medo de perder

Sem pensamentos sobre a performance em si

Foco total na atividade

Performance fluindo naturalmente e sem esforço

Sentimento de estar em total controle da situação

Experiência única, temporária e involuntária

Em outro estudo, Loerh and Garfield entrevistaram centenas de atletas de elite e identificaram 7 características físicas e mentais que os levaram ao pico de performance:

Relaxamento mental – isso foi descrito como uma paz interior. Os atletas responderam que eles tinham um alto nível de concentração nesse estado fazendo como se o tempo estivesse mais lento. Em contrapartida, a perca da concentração foi relacionada ao senso de que tudo estava acontecendo rápido demais.

Relaxamento físico -sentimento de que os músculos estavam relaxados e fluindo com os movimentos.

Confiante/otimista - Atitude positiva, auto-confiança e otimismo. Conseguir manter o controle e a pose mesmo em momentos difíceis da competição.

Foco no Presente – Quando você tem a harmonia do corpo e da mente trabalhando juntos. Nenhum pensamento do futuro ou do passado. O corpo funciona automaticamente, sem esforço mental.

Muita energia – Um estado de alta energia frequentemente descrita como sentimentos de satisfação, ecstasy, intensidade, e estar “quente”

Alerta extraordinária – o atleta está alerta a tudo. Ele está alerta em relação a reação dos outros competidores, eles perecem ler o próximo passo dos outros atletas.

Sob controle – o corpo e a mente parece saber exatamente o que fazer.

Hugo é treinador da OCE Consultoria Esportiva

NO RITMO DO CICLO

O ciclo menstrual pode interferir no cronograma de treinos da mulher. Veja quais são os períodos para aumentar e diminuir a intensidade na corrida.



Na hora de preparar o calendário competitivo, os corredores levam vários pontos em consideração: quando vão poder treinar, de que provas vão participar, quando começar a se preparar para aquela maratona ou meia tão sonhada. E, para as mulheres, um item a mais deve ser acrescentado nessa lista: o ciclo menstrual.

Os hormônios femininos são os responsáveis pelas alterações na carga de treinamento de acordo com o ciclo menstrual das mulheres. Esse ciclo é dividido em duas fases, chamadas de folicular e lútea. Em cada uma delas há um hormônio agindo em maior quantidade no organismo da mulher: na folicular, o predomínio é do estrogênio. Na lútea, quem manda é a progesterona.

“Na fase lútea, a progesterona é responsável por todos os sintomas que as mulheres sempre reclamam quando o assunto é ciclo menstrual, como dores, inchaços e incômodos em geral”, diz Maíta Poli de Araújo, ginecologista do ambulatório de ginecologia do esporte do Hospital São Paulo, de responsabilidade da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).


“Portanto, o momento do mês para a mulher diminuir a carga de treinamento é durante o período pré-menstrual, quando acontece o pico de progesterona no organismo feminino”, indica a médica, que já emenda os melhores períodos do mês para correr. “Os melhores períodos para aumentar a carga de corrida é na etapa pós-menstrual no ciclo, quando a mulher sofre um pico de estrogênio, e no pós-ovulatório, quando a curva de progesterona começa a aumentar, mas ainda é baixa”, conclui.

Diminuir o ritmo durante o período pré-menstrual não significa ficar sem treinar. Camila Hirsch, diretora técnica da Personal Life Assessoria Esportiva, conta que, para as mulheres iniciantes na corrida, treinar durante essa época ainda é um problema. “Quando a mulher inicia na corrida, é quase um trabalho psicológico convencê-la a treinar mesmo com os sintomas da TPM. Mas, com o tempo, a própria atividade física faz com que as dores e alterações de humor diminuam”, diz.

Treino x ciclo



A treinadora da Personal Life concorda com a ginecologista: “Mesmo com os benefícios da atividade física na diminuição dos sintomas do período pré-menstrual, a mulher se sente mais cansada, fraca e às vezes perde um dia de treino. O que fazemos nessa época é diminuir a carga de treinamento e a intensidade dos tiros”, conta.

“Depois de um tempo na corrida, a mulher não se sente incomodada de correr nesta época do ciclo. Ela se sente melhor, e ainda reclama que, quando fica sem treinar por um tempo, esses sintomas aumentam”, conclui Camila.

A corredora Valéria Notrispe trabalha com mercado financeiro, e concorda com a treinadora: “Estou machucada e não estou treinando. Mas não vejo a hora de voltar, porque sem treinar o inchaço aumenta, tenho insônia e fico mais irritada quando estou no período pré-menstrual. A corrida é quase um comprimido que diminui os sintomas. Alivia as dores e diminui o apetite”, diz.

Contraceptivos

O uso de anticoncepcionais também pode ser um aliado das mulheres na hora de programar o treinamento. “Não existem estudos que indiquem o melhor método contraceptivo para atletas. A corredora amadora deve usar o anticoncepcional de indicação do ginecologista”, diz Maíta.

“O grande benefício do uso do anticoncepcional para as corredoras é poder programar o calendário de treinos e competições. Caso ela descubra que vai estar menstruada no dia de uma maratona, por exemplo, ela pode, com a supervisão do ginecologista, emendar uma cartela depois da outra”, analisa a especialista, que também lista, no quadro abaixo, outras vantagens – e desvantagens – dos anticoncepcionais para corredoras.

Mas, para as atletas de elite, a história é outra. “As que visam resultados precisam de um contraceptivo que melhore os sintomas da tensão pré-menstrual, diminua as cólicas e o fluxo do sangramento, que não seja doping (no caso das corredoras de elite) e que não diminua demais o nível de testosterona da mulher”, lista a ginecologista.


*Por Marina Oliveira

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

PRINCIPAIS ERROS COMETIDOS POR TRIATLETAS - PARTE 2

Erro número 2: Compensando um treino perdido

Existem diversos motivos que podem atrapalhar sua rotina e lhe forçar a perder um de seus treinos. Demoradas reuniões no trabalho, tempo ruim, compromissos familiares, engarrafamento no trânsito e o motivo numero um, fadiga profunda que faz com que você demore mais para fazer suas atividades, fique com um pouco de preguiça e que quando percebe, já está muito tarde para fazer todo o treino ou você está ainda mais cansado e não conseguirá treinar com a qualidade que queria.

Ao mesmo tempo, apesar de estar mais cansado do que o normal ou só ter a metade do tempo suficiente tempo para treinar, você percebe que ainda da para “salvar o treino”, seja pedalando apenas quarenta minutos dos oitenta minutos programados, ou nadando dois quilômetros ao invés de três. Então vem a pergunta, é melhor treinar um pouco menos e mais devagar agora, tentar compensar esse treino nos próximos dias ou descansar completamente?

Para a grande maioria dos casos, a resposta é: faça o seu melhor AGORA! Existem diversos motivos que justificam treinar menos ou mais devagar é muito melhor do que perder um treino ou tentar compensar esse mesmo treino treinando mais ou mais forte nos dias seguintes:

1) Consistência: O principal motivo é que você fica fora do ciclo vicioso de descanso extra seguido de treino forte. Se ao invés de você treinar menos e mais devagar, você tira um dia de descanso, primeiro virá um sentimento de culpa, e a tendência de tentar compensar aquele treino perdido no dia seguinte, seja treinando mais forte ou com mais volume. O que acontece é que com o descanso extra que você teve quando resolveu cancelar o treino, seu corpo está mais descansado do que o programado em sua planilha de treinamento e você está motivado a treinar mais forte ou por mais tempo.

Essa é uma combinação super perigosa, pois geralmente o resultado é um treino muito mais forte do que o normal no dia seguinte, seja na intensidade ou no volume, o que vai te colocar em um estado profundo de fadiga para o dia seguinte, o que lhe deixará mais desanimado e com preguiça do que o normal, aumentando a tendência de se desorganizar ou perder a motivação, o que gera a falta em um outro treino, e assim você acaba entrando em um ciclo vicioso de:

Descanso não programado
=
Atleta motivado e corpo descansado
=
Treino muito forte ou longo e inadequado
=
Descanso não programado

2) Manutenção da forma física: Quarenta minutos de treino não vai lhe transformar no melhor triatleta de sua categoria, porém se você consegui estimular o sistema de energia e técnica no qual treinaria por mais tempo naquele dia, irá deixar aquele sistema ativo até que tenha tempo ou disposição para treinar novamente, ou seja, apesar de você não estimular adaptações para melhora em sua forma física, irá manter sua forma atual, evitando perdas que viriam com o descanso não programado.

Por exemplo, se em um determinado dia, seu programa indicava um treino de ciclismo nas montanhas de 90 minutos, mas você está em casa e tem 40 minutos até um compromisso familiar, uma alternativa é fazer um treino no rolo, usando marchas pesadas e cadência baixa, que irão estimular um trabalho de força semelhante ao que faria nas subidas.

3) Mantém sua rotina e bons hábitos: Quando você perde um treino por qualquer que seja o motivo, é normal que você se encontre fazendo coisas que geralmente não fazem parte de sua rotina. Uma sensação de que o trem saiu dos trilhos de uma vez por toda, você se encontra indo dormir mais tarde do que o normal, comendo mais junk-food do que deveria e todos aqueles seus hábitos saudáveis, são esquecido pelo simples motivo de que um treino foi perdido e os hábitos que acompanhavam sua rotina, ficaram sem rumo.

Este é outro motivo para que mesmo um treino curto e leve de trinta ou quarenta minutos, é muito melhor do que perder todo o treino, você continua organizado, com bons hábitos nutricionais e de sono, um estilo de vida saudável que anda lado a lado com performance nos treinos e prova.

Portanto, na próxima vez que você só tiver trinta minutos ao invés de duas horas para completar seu longo de corrida, pense duas vezes antes de desistir e deixar para amanhã, pois a longo prazo, faz uma enorme diferença.

Vinícius Santana – ironguides

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

TREINO INDIVIDUAL OU EM GRUPO? CONFIRA AS VANTAGENS DE CADA UM

Tenho a certeza que estas duas formas de se treinar agregam benefícios a diferenciados grupos de atletas, com características individuais distintas. Falando um pouco de minha experiência, ao longo de meus 22 anos dedicados ao Triathlon, seja como atleta ou treinador, tive e tenho experiência dos dois lados. Agora vamos falar um pouco das duas modalidades acima:

TREINO INDIVIDUAL

Características de atletas que possuem uma disciplina grande e que não possuem horários fixos para treinar, ou ainda que possuem uma alta capacidade de concentração. Normalmente, estes atletas treinam à distância.

Pontos positivos:

- o atleta passa a ter um grande autoconhecimento de sua condição física;

- aprende a treinar seguindo corretamente as faixas de treino que seu treinador lhe passa;

- aprende a ouvir seu corpo, já que nem sempre o treino poderá ser feito, por ocasião de fadiga muscular, stress ou outros motivos;

- atualmente se torna mais fácil, já que existem diversos recursos tecnológicos para que o treinador “observe” o atleta á distância.

                       O treino individual pode ser um caminho para o autoconhecimento do atleta.

Pontos negativos

- o atleta tende a fazer mais do que necessário, pois é da natureza do ser humano sempre tentar se superar a cada sessão de treino, ocorrendo aí algum comprometimento posterior, o que é muito perigoso;

- às vezes o atleta se cansa de treinar por não ter alguma companhia.


TREINO EM GRUPO

Características de atletas das grande cidades, onde o horário fixo é muito importante e onde normalmente o treinador está sempre presente ou por perto.

Pontos positivos

- você acaba treinando com atletas de seu nível;
- um atleta acaba dando um gás maior ou puxando o outro, sempre com o objetivo de melhorar a sessão de treino;
- com o horário fixo de treino é mais fácil saber que outros estarão ali pela mesma causa.

                                      Cuidado para não exagerar no treino em grupo

Pontos negativos

- o atleta pode acabar dando um gás muito maior do que sua capacidade pode suportar;

- muitas vezes o atleta vai ao treino sem se preparar adequadamente, pois acaba não lendo a planilha.

Concluindo, acho que a escolha de treinar individualmente ou em grupo deve ser dada pelas circunstâncias de moradia, tempo e aptidão para tal. Já experimentei treinar em ambos os casos e, sinceramente, gostei dos dois, mas em diferentes situações de vida. Quanto à função atual de treinador, tenho a oportunidade de treinar atletas em ambas às situações e, a meu ver, temos atletas atingindo seus objetivos em ambas as condições. Portanto, faça sua escolha e divirta-se.

Grande abraço.

Alexandre Giglioli - Diretor Técnico da A. GIGLIOLI ASSESSORIA ESPORTIVA

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A VERDADEIRA SUPERAÇÃO

  O esforço deste PAI para preencher as lacunas que a deficiência física deixou em seu FILHO é uma verdadeira lição de SUPERAÇÃO e AMOR pela VIDA.

FIM DOS MITOS

Correr deixa a pele feia? Provoca varizes? Faz cair o bumbum? Descubra a verdade sobre as “lendas” da corrida feminina

“Estou começando a seguir uma rotina de treinos e a correr todos os dias. Mas estou um pouco preocupada, pois minhas amigas dizem que correr envelhece a pele e deixa o bumbum caído”, relata Silvana Balacar, 32. Assim como ela, muitas mulheres têm esse tipo de dúvida quando começam a correr. Dizer que o exercício provoca celulite, varizes, pele flácida ou que deixa os seios caídos é parte dos muitos mitos sobre corrida para a mulher. Esses boatos tendem a inibir aquelas que desejam começar a correr, mas temem os danos para o corpo.

A essas mulheres, a treinadora Adriana Piacsek pede que calcem o tênis e corram sem medo: nada disso é verdade. “É tudo puro mito. Correr aumenta a circulação e trabalha o quadril, os músculos superiores e os glúteos. Por isso, dizer que o bumbum cai é um absurdo”, garante Adriana. Em relação às varizes, celulite e pele envelhecida, também acontece o contrário. “A boa circulação, resultado da corrida, contribui para uma pele bem mais bonita e saudável”, explica a treinadora.

Grávida ou menstruada? Liberado!

No universo feminino da corrida, também discute-se se a mulher deve ou não correr durante a menstruação. A ginecologista do esporte Zsuzsanna Jármy Di Bella afirma que não há problema algum e que o exercício até beneficia as mulheres mais sensíveis nesse período. “Correr libera endorfina, que pode auxiliar na melhora da TPM”, esclarece. Todavia, essa regra não se aplica a qualquer corredora. “Mulheres com fluxo intenso ou com algum mioma poderiam ter essas complicações aumentadas. E, nesse caso, não é recomendável que corram”, avisa. Correr durante a gestação também está liberado. Com os devidos cuidados, é claro. “Não há nenhuma contraindicação quanto a isso. Recomenda-se apenas cautela na dosagem dos treinos, por ser um exercício de impacto.” Com o tênis certo e cuidando da alimentação, a mulher grávida pode continuar seus treinos. “Somente mulheres que nunca correram logicamente não devem começar grávidas”, completa a Zsuzsanna.

A origem dos boatos

Os profissionais desmentem todos esses mitos. Mas de onde eles vêm? A corredora Silvana revela que, além de ouvir das amigas que a corrida prejudica o corpo, ficou em dúvida ao ver atletas profissionais na televisão que pareciam ter a pele envelhecida. “Vejo mulheres maratonistas que aparentam ter muito mais idade do que realmente têm”, conta ela. “Por isso a minha preocupação”, explica. Os atletas profissionais realmente possuem relativa responsabilidade em disseminar esses mitos. Muitos atletas de elite, que fazem treinos pesados ou que treinam em exagero, acabam passando essa imagem. “Aí é natural que apareçam com a pele envelhecida ou as feições do rosto enrugadas”, diz Zsuzsanna. “Mas treinando corretamente e mantendo uma dieta adequada e boa hidratação, a celulite, a pele feia, o bumbum caído e até mesmo a TPM passam longe”, garante ela.
*Por Samantha Lobo