sábado, 26 de fevereiro de 2011

COMO MELHORAR A TÉCNICA DE CORRIDA - PARTE II


No artigo anterior, discutimos o método POSE, que se baseia numa hipótese do Dr. Romanov. Analisei os estudos que mostravam indícios acerca da eficácia do método para concluir que ainda não é possível comprovar se há um jeito certo de correr. Por outro lado, encontrei uma série de pesquisas que nos dão pistas sobre como melhorar a eficiência durante a corrida.

A melhora da capacidade cardiorespiratória, isoladamente, não leva atletas de endurance a bater seus recordes pessoais. Corredores bem treinados só se tornam mais rápidos quando submetidos a treinos mais intensos, sessões em aclives e declives e exercícios de saltos e sprints em velocidade máxima. Sessões longas e em baixa intensidade ainda são necessárias, mas é preicso incluir outras práticas se o objetivo é obter algum recorde pessoal.

Confira este estudo clássico, realizado com atletas bem treinados de endurance:


Nessa pesquisa, 22 corredores foram divididos em dois sub grupos: o Experimental (E), com doze atletas, e o Controle (C), com dez. No grupo E, os pesquisadores substituíram do volume do treinamento tradicional por exercícios de saltos, musculação e sprints. O grupo C, por sua vez, manteve a rotina inalterada. Em apenas 9 semanas, E foi capaz de baixar o tempo nos 5km, enquanto C se tornou mais lento, como demonstra o gráfico.

Em resumo, para continuar evoluindo o corredor precisa refinar os treinos.

Por Renato Dutra

POSE METHOD


Este vídeo é altamente interessante em relação a eficiência da pisada e a realização de uma corrida mais econômica e com uma melhoria de desempenho notável.

PROVA EM CAIOBÁ ABRE O CIRCUITO SESC TRIATHLON 2011

Foram necessários apenas 89 minutos para que as 750 vagas para a 23ª edição do Sesc Triathlon Circuito Nacional – Etapa Caiobá – fossem preenchidas e mais de 400 triatletas aguardam na lista de espera. A competição, que será realizada domingo (27), abre o calendário do Circuito Triathlon do Sesc, e pretende incentivar e dar a oportunidade da prática de atividades físicas por meio de uma prova de qualidade técnica e segura, que engloba as modalidades de natação, ciclismo e corrida.
A Praça Central de Caiobá, na Praia Mansa, é o local das largadas, que têm início às 07h45, com a Categoria Amadora, Mountain Bike e Comerciária e, às 09h15, é a vez da Categoria Elite.

Nesta competição, os atletas profissionais provam seu preparo e resistência física, ao percorrer os 1500m de natação, na Praia Mansa; 40 km de ciclismo na Rodovia do Contorno e Alexandra Matinhos e 10 km de corrida, na Avenida Atlântica, o dobro das distâncias que os amadores percorrerão. O tempo máximo para a realização da prova na Categoria Amadora, Mountain Bike e Comerciaria é de 01h45 e para os atletas da Categoria Elite, 02h15.

No sábado (26), no Ginásio de Esportes – Centro de Turismo e Lazer do Sesc Paraná, será realizado o Simpósio Técnico, quando serão repassadas informações e orientações gerais, sanadas as dúvidas e efetuada a entrega dos kits dos atletas, composto por numerais, touca, camiseta e chip. Reinaldo Colucci, que foi o principal vencedor da elite masculina da temporada de 2010, vai estar presente, uma semana após a conquista do Triathlon Internacional de Santos. Ainda do pódio do Internacional, teremos o atleta de Curitiba Guilherme Manocchio, e o mineiro Chicão Ferreira, 2º e 3º colocados, respectivamente.

Calendário da Prova

Dia 26 de fevereiro (sábado):

Simpósio Técnico:

Horário: 17h

Local: Ginásio do Sesc Caiobá – Centro de Turismo e Lazer

Endereço: Rua Dr. José Pinto Rebelo Júnior, 91

Dia 27 de fevereiro (domingo):

Check In:

- Categoria Amadora, Mountain Bike e Comerciária: 06h15 ás 07h30

- Categoria Elite: 08h15 às 09h

Largadas

- Categoria Amadora, Mountain Bike e Comerciária: a partir das 07h45

- Categoria Elite: às 09h15

Sesc Triathlon- Circuito Nacional/2011

1ª etapa: PR – Caiobá – 27 de fevereiro

2ª etapa: DF – Brasília – 22 de maio

3ª etapa: PA – Belém – 3 de julho

4ª etapa: CE – Fortaleza – 11 de setembro

5ª etapa: BA – Salvador – 16 de outubro

6ª etapa: RS -Tramandaí – 11 de dezembro

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

ALIMENTAÇÃO ADEQUADA EVITA DORES PÓS-TREINO

Veja algumas dicas de alimentos que possuem nutrientes que ajudam na recuperação muscular e evitam o cansaço excessivo

*Por Priscila Di Ciero

Parece conversa de “NATUREBA”, mas não é. Quem treina pesado (ou está iniciando um plano de treinamento) por vezes sofre demais com fadiga muscular pós-treino. E a solução está nos alimentos! Isso porque alguns nutrientes possuem propriedades capazes de evitar cansaço excessivo, inflamação e dores após os treinos mais puxados.

Muitas vezes os esportistas e atletas consideram que a dor que surge após 24 horas de exercício intenso é decorrente do acúmulo de ácido láctico. No entanto, essa substância é eliminada do organismo em uma média de 2 horas (mas obviamente isso é muito variado). Essa dor tardia está relacionada com um quadro inflamatório ou microtraumas musculares, decorrentes da sobrecarga muscular — que é essencial para o crescimento do músculo! — e de reações químicas, que surgem da ação dos radicais livres, decorrentes do estresse oxidativo causado pelo esforço.

Por isso, alimentos que combatem os radicais livres ajudarão bastante, e devem ser incluídos nas refeições e nos intervalos. Frutas, legumes e verduras — fontes de vitaminas e minerais — têm efeito antiinflamatório, antioxidante e vitalizante. Alimentos funcionais como aveia e quinua também devem estar presentes por serem excelentes fontes de carboidratos e carregarem muitos nutrientes.

Peixes, linhaça, azeite de oliva extravirgem, nozes e castanhas são fontes importantes de gorduras que atuam como protetores da membrana celular, já que conseguem repor sua estrutura por fazer parte da sua formação. Os tendões também ficam mais protegidos, além de serem uma fonte de energia muito saudável e de serem excelentes fontes de vitamina E, um potente antioxidante da dieta!

E claro, uma dieta equilibrada em proteínas e carboidratos vai ajudar na regeneração das células musculares e mantém metabolismo funcionamento adequadamente. Descanso adequado para uma melhor recuperação dos treinos também é fundamental.

Caso o cansaço excessivo e as dores musculares persistam, vale procurar um nutricionista e médico para verificar se há alguma deficiência de nutrientes (avaliando exames de sangue, por exemplo) e verificar possibilidade de uma possível suplementação vitamínica-mineral.

Alguns fitoterápicos também podem ajudar no combate ás dores.

Consulte sempre seu Nutricionista Esportivo. Boa dieta e bons treinos!

*Nutricionista paulistana formada em 2001, Priscila Di Ciero é especialista em nutrição esportiva, com cursos de extensão em nutrição funcional, estética e suplementação. É membro do Departamento de Medicina e Nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira. Atualmente, presta consultoria a restaurantes, escolas e empresas, além de atender em consultório e, quando necessário, nas residências dos clientes. Acesse o site: www.prisciladiciero.com.br

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Método POSE para melhorar sua técnica de corrida. Será que funciona?

O método POSE existe desde 1977. Na antiga União Soviética o doutor Nicholas S. Romanov aplicava-o para aprimorar a técnica de seus atletas e levá-los ao ápice da performance. O método baseia-se em uma análise das posições do corpo ao longo do movimento. Romanov alega que, ao utilizar esta técnica, o corredor consegue reduzir o impacto em até 50%, além de melhorar sua performance. Durante muito tempo, desde que começou a ser aplicado, o POSE foi submetido a pesquisadores, que nunca chegaram a uma unanimidade sobre seus resultados efetivos. Sugiro que o leitor visite o site Pose Tech. Além de toda a teoria e explicação sobre o método, o site mostra diversos vídeos interessantes.

Será que este método funciona?

Confesso que fiquei encantado quando conheci o POSE. Há diversas publicações que citam direta e indiretamente esse método como uma das melhores opções para treinos de corrida. Principalmente, pela redução de impacto, objetivo perseguido por todos os praticantes do esporte. Mas é necessário cautela ANTES de adotá-lo como uma referência. Em primeiro lugar, temos que responder à pergunta:

É possível alterar como corremos?

De acordo com os especialistas no assunto, ainda não sabemos. Muitos questionam o método POSE dizendo que as alterações pró-corrida ocorrem em nível microscópico, alterando apenas a capacidade de músculos e tendões armazenarem e utilizarem energia de forma mais eficiente. Como:

- correr em locais acidentados (subidas e descidas)

- 1 treino semanal intervalado

- 1 ou duas sessões de treino com sprints máximos e saltos

Em outras palavras, ainda não há um jeito certo de correr, mas há como tornar-se um corredor mais eficiente.

No próximo texto, continuaremos nesse tema, abordando os estudos que mostram os melhores resultados para ganhos na performance.


Por Renato Dutra

A HORA CERTA DE EVOLUIR

Veja as dicas de treinadores e saiba se já está na hora de você aumentar a distância nos seus treinos e provas
Por Fernanda Silva

É comum entre os corredores a vontade de evoluir no esporte. Aumentar a distância percorrida nos treinos e, consequentemente, nas provas, faz parte deste objetivo tão corriqueiro. Entretanto, para que isso ocorra, é necessário saber o momento certo e, principalmente, como fazer essa transição. “Normalmente, o atleta tem que ter corrido, no mínimo, seis meses na quilometragem atual para começar a aumentar a distância”, indica Paulo Rennó, diretor técnico da assessoria esportiva que leva seu nome.

O primeiro passo para quem quer evoluir é avaliar se está sentindo-se bem na distância atual. Caso o atleta faça os treinos sem dores e com conforto, o treinamento pode passar para outra etapa. Por exemplo, se já corre tranquilamente um percurso de 5 km, você pode aumentar o volume gradativamente, apenas no último dia de treino da semana. “É importante não evoluir, inicialmente, mais que 10% na primeira semana. Indico pular uma semana e aumentar mais 10% na outra, e assim por diante”, completa o treinador.

É importante também levar em conta que o corpo precisa se adaptar a esse crescimento de esforço. Então, ao sentir-se num ritmo confortável, vá aumentando até chegar a seu objetivo. O ideal é que essa evolução comece com o aumento de volume, ou seja, ficar o maior tempo possível correndo, para depois trabalhar na intensidade dos treinos. Além disso, não parta logo de cara para uma prova com o trajeto que almeja. É importante que o corpo esteja acostumado com a distância através dos treinos.

Seja cauteloso

É de extrema importância controlar a ansiedade. Um dos problemas comuns de quem quer passar para uma nova distância é a pressa em evoluir. “O corredor precisa respeitar os dias de descanso. Por estar aumentando a rodagem, ele ficará mais cansado e precisará de uma boa recuperação”, explica Enzo Amato, diretor técnico da assessoria esportiva que também leva seu nome. “A musculatura se adapta mais facilmente a esse aumento de distância, mas outras estruturas do corpo, como ligamentos, tendões e ossos, demoram mais para se acostumarem com o esforço maior”, completa o treinador.

Confira as dicas que os treinadores deixaram para quem quer aumentar seu percurso na corrida:

- Nunca se espelhe em outra pessoa. Cada caso é um caso, esse aumento, tanto nos treinos como nas provas, deve ser feito baseado no tipo físico, histórico e objetivo do atleta.

- Verifique se você não está sem nenhuma lesão, para não agravá-la, nem durante os treinamentos, nem na hora da competição.

- Cuide de sua alimentação e hidratação, elas precisam estar em sintonia com essa evolução.

- Respeite o dia de descanso. Nesta fase de aumento de volume, o atleta precisará de uma boa recuperação e de muita resistência.

- Antes de qualquer alteração em seus treinamentos, procure o acompanhamento de um profissional. Independente da distância que você pretende chegar, um treinador te auxiliará a fazer essa evolução da forma correta.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

SUA PRIMEIRA PROVA

Confira as dicas para você que irá participar pela primeira vez de uma corrida de rua e não quer deixar escapar nenhum detalhe
Por Fernanda Silva

Tudo na vida, quando é feito pela primeira vez, dá aquele "friozinho na barriga" e a participação na primeira corrida de rua não é diferente. Depois de longos treinos e de muita vontade de competir, chegou a hora do desafio. Para deixar o estreante mais tranquilo e não esquecer dos detalhes, são necessárias algumas medidas e itens básicos para que tudo ocorra bem.

Para começar, escolha uma prova que combine com você, pois o importante é sentir-se confortável. Outros fatores que devem ser levados em conta são: conhecer bem o local da prova, saber como chegará lá e o horário da largada. Além disso, procure não mudar muito sua rotina. Programe-se para esse dia, mas de uma forma calma e natural, como se fosse um dia normal de treino.

Prepare-se

Antes da competição, a alimentação deve ter atenção especial. "Aconselho meus alunos a não saírem muito de sua rotina alimentar, para não ter surpresas durante a prova. Evitar alimentos gordurosos e frituras é sempre bom", explica o treinador Vinicius Balbino, diretor técnico da assessoria esportiva que leva seu nome.

Além da alimentação, é de suma importância que os atletas ingiram bastante água, tanto no dia anterior quanto durante a prova - evite abusar da bebida nos instantes antes da corrida, para não precisar parar para ir ao banheiro. Outra indicação dos especialistas é testar tudo o que vai usar na corrida, principalmente o calçado. "Procure não usar tênis novo, use aquele que está usando para os treinos, que já está costumado, afinal, devemos evitar bolhas e outros incômodos", afirma o diretor técnico da Bigah Assessoria Esportiva, Eduardo Bigarelli.

As roupas e acessórios também precisam ter a aprovação do corredor. O ideal é usar o que já está costumado (bermudas, camisetas, tops, saias etc). Os acessórios como óculos de sol, bonés e viseiras, são uma escolha particular, mas lembre-se que o protetor solar é indispensável. Quanto ao treinamento, alguns dias antes do desafio, especifique sua preparação de acordo com as características da prova. "Realize um treinamento específico conforme a distância da prova", aconselha Sandro Figueiredo, diretor técnico da assessoria Treinamento Esportivo Sandro Performance.

Chegou o grande dia

Após escolher sua prova e esperar ansiosamente a data, chegou a hora de colocar em prática tudo o que treinou. Na corrida, algumas pessoas serão mais rápidas que você, mas o mais importante é manter o seu ritmo. "Corra tranquilo, mantendo seu ritmo e seguindo seus treinos, o importante é completar bem a prova", diz Figueiredo.

Na largada, procure posicionar-se em um lugar indicado para sua velocidade. Se for correr devagar, fique mais atrás do pelotão. "Existem, em algumas provas, demarcações para os corredores se posicionarem de acordo com o ritmo que pretendem atingir. Aos iniciantes, aconselho não ficarem na frente, pois pode comprometer o tempo dos demais e podem até se machucar devido ao empurra-empurra", fala Balbino.

Dicas de amigos

Confira abaixo mais algumas dicas dos treinadores para que você faça bonito no dia da sua estreia.

- Programe-se para a prova, saiba como será seu transporte até o local, tente saber qual será a média da temperatura e chegue cedo, principalmente se a entrega do kit do corredor for alguns minutos antes da prova (pois há competições que entregam seus kits nos dias anteriores).

- Aproveite os minutos, já que está adiantado, para alongar e aquecer, ver o local que prefere se posicionar e vá ao banheiro, para não precisar ir durante a corrida.

- Alimente-se bem antes da prova, frutas, pães integrais, verduras e alimentos saudáveis. Pare nos postos de hidratação de acordo com sua vontade, mas lembre-se de que a água é muito necessária, principalmente no calor.


- Deixe seu número de peito visível e respeite as orientações técnicas da organização do evento. Fique atento ao caminho e focado em seu desempenho.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

CORRIDA PARA MULHERES


Vídeo interessante do site da veja sobre informações  a respeito do ciclo mentrual e corrida para mulheres.

CANELITE

Esta lesão causada por uma inflamação da tíbia ou de seus tendões e músculos é muito comum entre os corredores. Saiba mais sobre suas causas e seu tratamento
*Por Evaldo D. Bosio Filho

As dores nos membros inferiores em corredores podem ter várias causas: musculares, tendinosas e/ou ósseas. A síndrome de estresse do tibial medial, popularmente conhecida como periostite medial de tíbia ou Canelite, é uma inflamação do principal osso da canela, a tíbia, ou dos tendões e músculos da tíbia, podendo se tornar fratura por estresse.

É uma queixa comum de atletas, principalmente aqueles que costumam correr médias e longas distâncias. Além da corrida essa síndrome pode estar presente em outros esportes que envolvam o ato de pular, sendo os pousos e decolagens em superfícies duras a principal causa da dor.

A Canelite é caracterizada por dor na região anterior da perna, que inicialmente ocorre durante o exercício e melhora após algumas horas, evoluindo para dor persistente mesmo com a cessação da atividade, podendo dificultar até o andar de forma lenta.

Inicialmente ocorre uma inflamação no periósteo (fina camada que recobre o osso) e estruturas adjacentes como músculos e tendões da perna, podendo evoluir para micro fissuras no osso e até promover uma fratura por estresse caso o individuo não pare de correr.

Causas

Dentre os fatores de risco para o aparecimento da Canelite podemos citar;

• Aumento excessivo no volume e/ou intensidade de treinamento, como também treinamento sem orientação de um profissional de educação física;

• Pessoas iniciantes no esporte ou que mudaram de atividade recentemente;

• A fraqueza dos músculos dos membros inferiores, como também a falta de alongamento dos músculos da panturrilha;

• Pisos duros e compactados como concreto e asfalto devem ser evitados, dê preferência a grama ou pisos de terra, evite também terrenos acidentados. Concreto é seis vezes mais severo para os seus tecidos da tíbia do que o asfalto. O asfalto é três vezes mais severo do que a terra batida. A grama é ainda mais macia, e diminui significativamente o risco de inflação na região da tíbia;

• Pés hiperpronados e hipersupinados;

• Correr inclinando o tronco para frente além de 5º;

• Mulheres na menopausa;

• Tênis inadequado para o seu tipo de pisada.

O diagnóstico exato da lesão é feito pelo médico a fim de excluir a possibilidade de ser uma fratura por estresse. O relato da história clinica como também o exame físico é de fundamental importância para o diagnóstico. Caso o médico suspeite da fratura por estresse, a radiografia convencional é o primeiro exame a ser solicitado.

Tratamento

O tratamento é feito através de:

• Correção de qualquer condição estrutural com o uso de calçados e caso necessário, palmilhas personalizadas para o pé;

• Modificação da atividade, evitando-se as corridas e os saltos por aproximadamente 10 dias. Durante esse período o condicionamento cardiorrespiratório deverá ser mantido através de exercícios na piscina com flutuador, como também no ciclo ergômetro;

• A Crioterapia (gelo) e o TENS (estimulação elétrica trans cutânea) podem ser usados objetivando a analgesia local;

• Exercícios de alongamento para musculatura posterior da perna (Panturrilha);

• Com a regressão dos sintomas, devem-se iniciar, de maneira progressiva, os exercícios de fortalecimento para toda musculatura que envolve a articulação do tornozelo (tibiais, fibulares e tríceps sural);

• Assim que o atleta estiver assintomático, pode-se iniciar o trote/corrida sobre a grama, por aproximadamente 20 minutos, com uma progressão de 10% a 15% semanalmente. É importante ressaltar que o mesmo já deverá estar adaptado ao tênis, caso seja portador de algum problema estrutural.

Prevenção

Algumas medidas devem ser adotadas na prevenção da canelite, dentre elas podemos destacar:

• Uso do tênis correto, adequado ao seu tipo de pé e com amortecimento também na parte anterior. O uso de uma palmilha de silicone pode ajudar;

• Alongue antes da corrida, e mais uma vez depois do aquecimento;

• Aquecer. Informe ao seu corpo que ele será sobrecarregado. Pode-se usar meias de cano longo para ajudar no aquecimento;

• Não corra com dor nem em excesso. Respeite os sinais do corpo;

• Aumento gradual no volume ou intensidade do treinamento (não aumentar mais que 10% à 15% semanalmente). Não faça treino de velocidade prematuramente;

• Caso cometa um erro no treinamento e sinta dor na canela, coloque gelo, tome antiinflamatórios não esteróides e não cometa o mesmo erro novamente;

• Faça musculação. Músculos fortes diminuem o impacto sobre ossos e articulações;

• Corra em superfícies adequadas.

Dica: Aos primeiros sinais de dores na região anterior da perna, procure um profissional para uma completa avaliação e o correto diagnóstico e tratamento, só assim você terá condições de realizar suas atividades esportivas sem maiores complicações.

*Especialista em Fisioterapia Esportiva pela Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva.

Membro da Sociedade Brasileira de Reeducação Postural Global – SBRPG.

Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva – SONAFE.

Coordenador Científico da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva.

Coordenador de Fisioterapia Esportiva da Prime Sports - Prime Fisioterapia Especializada.

Fisioterapeuta com atuação em Fisioterapia Ortopédica, Fisioterapia Esportiva e Reeducação Postural Global - RPG.

Site: http://www.evaldofisio.com.br/.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

13 MOTIVOS PARA PRATICAR A CORRIDA

Correr sempre foi seu sonho. Mas a falta de tempo, o fôlego curto e a preguiça acabam adiando até a passadinha no shopping para a compra de um tênis novo. Você nem imagina o que está perdendo , esse esporte é uma atividade física completa, que faz bem ao corpo todo .

Duvida? Então confira abaixo a lista de benefícios que o exercício proporciona a você. Mas não se deixe enganar: para usufruir de tudo isso, é necessário dar piques regulares. O ideal para quem está começando é correr em dias alternados, de três a quatro vezes por semana. Preferencialmente com orientação de um Educador Físico.

1. Coração: a corrida exige que o coração aumente o fluxo de sangue para todo o corpo. As fibras do músculo se fortalecem e a cavidade aumenta. Há uma hipertrofia excêntrica do miocárdio (alteração na parede e na cavidade do ventrículo esquerdo) melhorando a ejeção sanguínea. Desta forma o coração bombeia mais sangue com menos batidas, se tornando mais eficiente. Com o aumento da circulação sangüínea pelo corpo, cresce a entrada de oxigênio nos tecidos.

2. Pulmões: correr faz com que o volume de ar inspirado seja maior, aumentando a sua capacidade de respiração. Há também um aumento da quantidade de oxigênio absorvido do ar atmosférico.

3. Ossos: estimula a formação de massa óssea, aumentando a densidade óssea evitando problemas como a osteoporose

.4. Pressão arterial: correr estimula a vasodilatação, o que reduz a resistência para a circulação de sangue. Há trabalhos específicos para alunos hipertensos, como trabalhar a velocidade em terrenos planos. Uma maneira de diminuir a sua pressão é trabalhando a velocidade em terrenos plano.

5. Cérebro: aumenta os níveis de serotonina, neurotransmissor que regula o sono e o apetite. Em baixas quantidades, essa substância está associada ao surgimento de problemas como a depressão.

6. Peso: quanto maior a intensidade do exercício maior a queima calórica e de gordura. A corrida ajuda a gastar muitas calorias, favorecendo a perda ou manutenção do seu peso. Em uma hora de treino, um atleta chega a queimar até 950 calorias.

7. Colesterol: diminui os níveis de LDL (colesterol “ruim”). Corredores de longas distâncias têm o nível mais alto de HDL (colesterol bom), encarregado de transportar os ácidos graxos no sangue e de evitar o seu depósito nas artérias.

8. Estresse: com a corrida, há liberação do hormônio cortisol, aliviando o estresse e a ansiedade.

9. Sono: fazer atividade física, melhora a qualidade de sono. Correr faz a pessoa dormir melhor. Após o exercício, o corpo libera endorfina, substância que provoca a sensação de bem-estar e ajuda a relaxar.

10. Músculos: a corrida ajuda a melhorar a resistência muscular e também queima a gordura dos tecidos musculares, deixando-os mais fortes e definidos.

11. Rins: com o aumento da circulação, há também uma melhora da função dos rins, que filtram o sangue e reduzem o número de substâncias tóxicas que circulam pelo corpo.

12. Articulações: correr torna a cartilagem das articulações mais espessa, o que protege melhor essas regiões tão frágeis do nosso corpo.

13. Aumenta a libido: após 30 minutos de corrida, há um aumento da testosterona que permanece assim, por mais uma hora aproximadamente. No caso das mulheres, também há um aumento dos hormônios relacionados ao desejo, além de aumentar a auto-confiança.

ATÉ HOJE SÓ ELA CONSEGUIU

Aos 20 anos, Derartu Tulu foi a primeira mulher negra a levar o ouro à Etiópia e a única, até hoje, a ter duas medalhas olímpicas nos 10.000 m

Por Nanna Pretto

Derartu Tulu nasceu em 1972 na vila de Bokoji, região de Arsi, na Etiópia Central. Era a sétima de uma família com dez crianças. Com os pais fazendeiros, tornou-se um costume da criançada ajudar em casa e na terra. “Tive uma infância muito boa. Nós éramos muitos, mas eu era feliz”, disse a atleta, hoje com 34 anos, mãe de seis filhos (quatro adotados), em entrevista exclusiva à O2. Durante a época do ensino fundamental, Derartu se destacou como jóquei nas competições de corrida a cavalo. “A região em que cresci é famosa por competições com cavalos. Derrotei muitos meninos na minha adolescência”, lembra. Posteriormente, as primeiras vitórias na distância dos 800 m começaram a traçar o caminho para a carreira da atleta.

A etíope conheceu a fama e entrou para a história olímpica após a emocionante vitória nos 10.000 m nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992. Mas a primeira vitória significante de Derartu foi em uma disputa pelos 400 m na escola, quando ela desbancou um atleta masculino, até então vencedor na categoria. “Naquela época eu corrida por diversão. Disputava e ganhava de meninos da minha idade. Mas eu fazia aquilo apenas por lazer”, afirma.

Derartu não imaginava que era uma corredora fora do normal –comparando-a com os colegas da escola– até completar 16 anos. Aos 17, em 1989, entrou para Polícia Militar da Etiópia e completou a primeira prova internacional de 6 km de cross-country, na Noruega, ficando na 23ª posição. Anos depois, no entanto, ela participou da mesma prova e conseguiu a medalha de ouro, ganhando reconhecimento internacional nos anos 90.

“Na época da escola, eu corria orientada por uma professora de educação física, não por uma técnica de corrida”, explica Derartu. Quando começou a treinar profissionalmente para participar dos Jogos Olímpicos, a assídua atleta comparecia a todos os treinos que eram passados para ela, com um volume médio de duas horas por dia. “Não sei se tive um treinamento especial, porque eu não sabia o que era um treino específico para uma Olimpíada. Mas eu fazia tudo o que o técnico mandava”, afirma.

Corram, meninas, corram!

Da segunda prova realizada na Noruega, a atleta se recorda de um momento engraçado da carreira. Na véspera da competição que Derartu conquistaria a medalha de ouro, o técnico orientou o grupo de corredoras etíopes que corressem todas juntas e que, em equipe, conquistassem um bom resultado para o país. No dia seguinte, Derartu liderava a prova com mais uma companheira, enquanto três outras corredoras do grupo estavam para trás. “Eu parei no meio da corrida e comecei a berrar, chamando as outras meninas do grupo.” O técnico, conta Derartu, que naquele instante estava posicionado ao lado da atleta, gritava ainda mais para que ela esquecesse as outras e seguisse em frente. “Quando terminamos a prova, cheguei no técnico e, séria, perguntei: "o senhor não disse que deveríamos correr em grupo e ganhar em grupo?” A equipe de meninas etíopes não se conteve e caiu na gargalhada.

Ouro em Barcelona

A vitória nos 10.000 m dos Jogos Olímpicos de Barcelona colocou Derartu nos livros de história como a primeira mulher negra a conquistar uma medalha de ouro para a África nas Olimpíadas.

Na disputa final, a sul-africana Elana Meyer diminuiu o ritmo por volta dos 6.000 m forçando uma ultrapassagem de Derartu, assim a rival manteria um ritmo forte da prova. Se Derartu passasse Elana, o desgaste físico do esforço poderia acabar com as energias dela. Mas a corredora etíope não cedeu e manteve o ritmo. Finalmente, na volta final, ela conquistou a primeira posição e venceu a prova por 30 metros de diferença. Após cruzar a linha de chegada, a campeã esperou por Elana, a sul-africana branca. De mãos dadas elas deram a volta olímpica simbolizando a esperança pela paz no conflito racial na África do Sul.

Após o feito, Derartu continuou vencendo provas e levando medalhas de ouro, prata e bronze ao país. Em sua ativa carreira, de 1990 a 2004, Derartu conquistou

dez medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze, nas principais competições internacionais, como os Jogos Olímpicos, campeonatos mundiais e maratonas internacionais.

Vitória inesquecível

Apesar do incrível feito olímpico, a vitória que ficou marcada na carreira de Derartu, segundo ela mesma relata, foi a conquista da medalha de ouro, em 1995, no Campeonato Mundial de Cross-Country, na Inglaterra. “Depois de uma longa e cansativa viagem chegamos em Durham, ao norte de Londres, às 3h da manhã. Após amanhecer, consegui a medalha de ouro.”

Segundo ouro olímpico

Derartu voltou às Olimpíadas no ano seguinte, porém terminou em quarto lugar. Mas a carreira da atleta seguiu adiante até 1998, quando interrompeu os treinos em função do nascimento da sua primeira filha, Tsion, hoje com nove anos. Após dois meses dedicando-se apenas ao bebê, a mãe corredora teve de voltar aos treinos para assegurar um bom desempenho nas Olimpíadas que aconteceria em 2000.

Nos Jogos Olímpicos de Sidney, Derartu ganhou novamente os 10.000 m em uma fácil vitória contra a colega de equipe Gate Wami. A conquista teve um gosto muito mais especial do que a primeira, de Barcelona. Em uma corrida de tirar o fôlego, as seis primeiras colocadas quebraram o recorde olímpico na categoria feminina dos 10.000 m. Com 30min17s49, Derartu conquistou o primeiro lugar e tal triunfo a consagrou como a primeira mulher a ganhar duas medalhas olímpicas de ouro em distâncias acima de 1.500 m. “A acredito que fui uma das pioneiras a inspirar jovens corredoras a se tornarem atletas. E tenho muito orgulho disso.”

Nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, ela ficou com o bronze nos 10.000 m, atrás da chinesa Huina Xing, medalha de ouro e da compatriota Ejegayehu Dibaba, que conquistou a prata.

Vitória na São Silvestre

Em 1994, Derartu esteve no Brasil para participar da 70ª São Silvestre. Aos 23 anos, a etíope conquistou o primeiro lugar em uma das mais tradicionais provas brasileiras, já com 15 km naquele ano.

A atleta começou a confirmar seu favoritismo na metade da corrida. Até então, a brasileira Solange Cordeiro de Souza, da Funilense de São Paulo, era a líder isolada. Na subida da avenida Brigadeiro Luiz Antônio, a corredora da Etiópia acelerou e conquistou a vitória com o tempo de 51min17. Na época, Derartu trabalhava como guarda de presídio, na cidade de Adis Abeba, na Etiópia.

Apesar de ter adorado as pessoas, o acolhimento, a torcida e as tradições brasileiras, o coração de Derartu bateu mesmo pelo futebol. “Eu amo ver o Ronaldo jogando. Ele é meu favorito”, explica a corredora que tenta assistir aos jogos e se diz grande apoiadora da Seleção Brasileira de Futebol. “Quando o Brasil joga na Copa do Mundo eu assisto a todos os jogos e visto o uniforme da seleção”, afirma.

Pausa para a família

Em 2006, Derartu se afastou das pistas em função do nascimento de Ruth, a segunda filha biológica. Atualmente, a família, que sempre esteve presente na vida da atleta, tornou-se prioridade. “Não me aposentei, apenas me afastei temporariamente. Quero voltar a correr e conseguir bons tempos. Mas agora é difícil prever quando eu retornarei às competições.”

Derartu sempre teve uma ligação muito forte com os pais e irmãos. Quando perdeu uma das irmãs, a medalhista não hesitou em adotar os três sobrinhos. Ela também tirou do abandono mais uma criança, adotando-a e tornando-se mãe de seis crianças. “Quando estou longe de casa, eu sinto muita falta deles. Acredito que meus filhos são felizes e orgulhosos por ter uma ‘mãe olímpica’.”

Diferentemente do Brasil, a adoção na Etiópia não é difícil nem burocrática, diz a atleta. Por conta disso, Derartu afirma que tem vontade de tirar das ruas muitas crianças. “É possível ser mãe e corredora desde que você tenha amor no coração. Quero adotar outras crianças e ter uma grande família”, diz a corredora casada com o etíope Mekonnen Atsege, 37.

A corrida e o trabalho –Derartu faz parte da corporação militar, mas não atua mais como policial– deram à atleta, uma confortável vida. “Tenho alguns negócios e freqüentemente faço doação para causas especiais e pessoas vítimas de desastres em meu país.”

Ela não se considera uma mulher viciada em corrida. “É uma grande paixão”, resume. Ter incentivado muitas mulheres a iniciarem a corrida e servido como exemplo para as mães corredoras retornarem ao esporte é, entretanto, o grande orgulho da corredora etíope. “Não existe uma corrida que eu tenha me arrependido de fazer. E nenhuma decisão que eu tenha tomado, com relação à corrida, que eu ache que foi errada.”

::IDENTIDADE:

Nome: Derartu Tulu

Nascimento: 21 de março de 1972

Cidade natal: Bokoji (Etiópia)

Nacionalidade: Etíope

Esporte: Atletismo

Olimpíadas:

Barcelona, 1992 (ouro nos 10.000 m)

Atlanta, 1996

Sidney, 2000 (ouro nos 10.000 m)

Atenas, 2004 (bronze nos 10.000 m)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

REINALDO COLUCCI E CARLA MORENO VENCEM O TRIATHLON INTERNACIONAL DE SANTOS

 Reinaldo Colucci e Carla Moreno venceram hoje, de ponta a ponta, a vigésima edição do Triathlon Internacional de Santos. Com uma performance incrível, os dois triatletas do ano 2010, mostraram que já estão afiados para a briga por uma vaga olímpica em 2010.


Resultados

Masculino

1. Reinaldo Colucci

2. Guilherme Manocchio

3. Chicão Ferreira

4. Marcos Ornellas

5. Santiago Ascenço

Feminino

1. Carla Moreno

2. Vanessa Gianinni

3. Carolina Furriela

4. Fernanda Garcia

5. Ariana Monticeli